quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Auditoria da CGU diz que Petrobras pagou US$ 659,4 milhões a mais por Pasadena

Um superfaturamento de US$ 659,4 milhões na compra da Refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, pela Petrobras, foi apontado pelo relatório de auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU), divulgado hoje (17), segundo o qual o valor pago a mais não levou em consideração o estado em que a refinaria estava.
O ministro-chefe da CGU, Jorge Hage, determinou a instauração imediata de processos administrativos sancionadores contra 22 pessoas, entre as quais ex-dirigentes, empregados e ex-empregados da Petrobras, como o ex-presidente José Sérgio Gabrielli e os ex-diretores Nestor Cerveró e Paulo Roberto Costa, Renato Duque e Jorge Zelada.
Segundo o relatório, houve erro na aquisição da primeira metade da refinaria, em 2006. O Estudo de Viabilidade Técnica e Econômica (EVTE) feito pela Petrobras não levou em conta todas as premissas aplicáveis ao negócio, as quais resultariam na redução do valor máximo para a compra.
O relatório também informa que a Petrobras deveria ter discutido cenários mais favoráveis nas negociações, mas optou pelo pior dos elaborados pela consultoria Muse Stancil, beneficiando a empresa belga Astra Oil, que havia comprado Pasadena em 2005. Segundo o relatório, a avaliação da consultoria não foi incluída no documento que embasou as decisões da Diretoria e do Conselho de Administração da estatal.
A relação desvantajosa para a empresa brasileira também foi verificada pela CGU quando foram analisadas cláusulas contratuais que beneficiavam a Astra, sem compensar de forma justa a Petrobras e sem  estabelecer a divisão igualitária dos riscos do negócio. Tais cláusulas levaram, por exemplo, à compra dos 50% remanescentes das ações pela Petrobras, mesmo sem a necessária autorização do Conselho de Administração da empresa para concretizar a segunda etapa da aquisição, em 2008. A aquisição foi feita após disputa judicial entre a Astra e a Petrobras, que saiu perdendo e se viu obrigada a comprar a parte que pertencia à empresa belga.
O relatório de auditoria foi encaminhado ontem (16) à Petrobras e pede que sejam adotadas medidas para buscar o ressarcimento do dano de US$ 659,4 milhões. A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras também recebeu o estudo, conforme informou a Controladoria.
A crise na Petrobras, investigada também pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal, por auditoria interna da empresa e pela CPMI, levou a presidenta da estatal, Graça Foster, a colocar o cargo à disposição da presidenta Dilma Rousseff. Ela informou que a Petrobras contratou dois escritórios de advocacia, um brasileiro e outro americano, para investigar, de forma independente, a presidenta da empresa, a atual diretoria e os gerentes executivos.


Fonte Agência Brasil

'Pacto do Rio' discute melhoria da qualidade de vida na cidade

Foi lançado o projeto Pacto do Rio, que reúne ideias do poder público e sociedade civil para melhorar a qualidade de vida, no Museu de Arte do Rio (Mar), na Zona Portuária, nesta quarta-feira (17). O encontro contou ainda com representantes da iniciativa privada, universidades e projetos sociais. O projeto foi idealizado pelo Instituto Municipal de Urbanismo Pereira Passos e firma compromissos para buscar o desenvolvimento sustentável da cidade, como mostrou o RJTV.
Pelo menos 50 empresas e instituições aderiram ao Pacto do Rio. As ações serão focadas nas áreas de educação, cultura, esporte e mobilidade urbana.
“A gente quer fazer do Rio um estudo de caso mundial em termos de cidade sustentável, que elabora e monitora seus indicadores com total transparência para a sociedade civil”, disse Eduarda La Rocque, presidente do Instituto Pereira Passos.


Fonte Globo.com

Senado aprova correção em 6,5% da tabela do imposto de renda

O Senado aprovou nesta quarta-feira (17) a Medida Provisória 656, com a inclusão de uma emenda que prevê reajuste de 6,5% na tabela do imposto de renda.  A aprovação ocorreu horas após o texto ser chancelado pela Câmara. A matéria segue agora para sanção da Presidência da República.

O reajuste na tabela do Imposto de Renda foi proposto pela liderança do DEM na Câmara com base no IPCA. O objetivo da medida é compensar a perda inflacionária no ano. A correção, porém, é maior do que a desejada pelo governo, que defendia reajuste de somente 4,5%, equivalente ao centro da meta de inflação.

Durante entrevista coletiva nesta quarta no Palácio do Planalto, o ministro de Relações Institucionais, Ricardo Berzoini afirmou que o reajuste do imposto de renda para 6,5% "não era a posição do governo".

Caso a medida provisória seja sancionada pela presidente Dilma Rousseff sem vetos, pessoas que ganham até R$ 1.903,98 ficarão isentas de imposto de renda (veja na tabela ao lado). Atualmente, o teto de isenção é de R$ 1.787,77. O reajuste de 6,5% seria aplicado também nas demais faixas da tabela.
A correção da tabela era uma das promessas na campanha à reeleição de Dilma, mas possivelmente o reajuste seria mantido em 4,5%. Ainda durante o período eleitoral, uma medida provisória, a MP 644, que tratava do assunto, perdeu a validade.
Segundo parlamentares governistas, o Planalto havia sinalizado que enviaria um novo texto com proposta de reajuste na semana que vem, quando tem início o recesso parlamentar, para que só fosse analisado no ano que vem.


Votação
A aprovação no plenário do Senado ocorreu em sessão esvaziada, por meio de votação simbólica - quando não há contagem nominal de votos. Não foi feita modificação ao texto vindo da Câmara, o que exigiria que a matéria voltasse para análise dos deputados e impediria a aprovação no Congresso ainda neste ano.

Os senadores Aloysio Nunes (PSDB-SP) e Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) foram os únicos que se manifestaram contrariamente à proposta, devido à grande quantidade de conteúdo inserido no textio diferentes da MP original

No plenário da Câmara, o líder do governo, Henrique Fontana (PT-RS), se esforçou para tentar barrar o reajuste na tabela do imposto de renda e fez um apelo para os deputados que não aprovassem a medida. “Diante do atual cenário econômico do país, este percentual não é o que o governo entende possível para alterar a tabela do imposto de renda”, afirmou Fontana.



Renegociação da dívida dos clubes e aviação
A medida provisória incluía outros temas, que já haviam sido aprovados. Entre as medidas, estão novas regras para a renegociação das dívidas de clubes de futebol e benefícios à aviação regional.

A proposta original da MP estabelecia normas de desoneração tributária para estimular a indústria nacional e impulsionar o mercado imobiliário, mas outras matérias acabaram sendo introduzidas no texto pelos parlamentares.

No caso dos times de futebol, o texto prevê um prazo de 20 anos para que as entidades desportivas quitem seus débitos com a União, com redução de 70% das multas isoladas, de 30% dos juros de mora e de 100% sobre o valor de encargo legal.

A medida é polêmica porque não exige dos clubes nenhuma contrapartida para coibir que voltem a contrair os mesmos débitos, o chamado "fair play" financeiro.

Aeroportos privados
Outra questão controversa é a inclusão da liberação da construção de aeroportos privados para voos comerciais. A medida facilita, por exemplo, a construção de um projeto bilionário em Caieiras, na região metropolitana de São Paulo. O empreendimento encontra resistência dos grupos que pagaram altos valores para arrematar as concessões dos aeroportos de Guarulhos e Viracopos.

A MP reduz também de 45% para 20% o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) incidente sobre armas de fogo e isenta os produtos do imposto, inclusive peças e munição, quando for para uso pessoal dos integrantes das Forças Armadas.

O texto ainda prorroga, até o fim de 2018, o regime de tributação de construtoras de habitações no programa federal Minha Casa, Minha Vida e prevê novo regime de tributação de bebidas como água, refrigerante e cerveja.


Fonte Globo.com

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Sessão do Congresso para análise da LDO de 2015 é adiada para quarta


O presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), anunciou na madrugada desta quarta-feira (17) em plenário que a sessão do Congresso Nacional que seria destinada à análise da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2015 foi adiada para as 10h desta manhã. O adiamento ocorreu devido à demora da votação de uma medida provisória na Câmara.

Inicialmente, a sessão do Congresso havia sido convocada para as 19h de terça (16). Conforme iam se prolongando as sessões extraordinárias para votar a PEC do Orçamento Impositivo e outras duas MPs na Câmara, Alves fez sucessivos adiamentos. Ele passou o horário da sessão do Congresso, com deputados e senadores, para 20h30, depois 20h45 e, finalmente, 22h, até adiá-la para o dia seguinte.


A lei estabelece metas e prioridades orçamentárias do governo, incluindo a previsão de despesas e serve de base para orientar a elaboração do Orçamento Geral da União. A Constituição proíbe que os parlamentares entrem em recesso sem apreciar a lei.

A lei foi aprovada na semana passada pela Comissão Mista de Orçamento (CMO) após amplo acordo entre base governista e oposição. Mas, para entrar em vigor, necessita passar pela análise do plenário, o que deverá ocorrer nesta terça, já que aparece como primeiro item da pauta. A partir de quarta-feira (17), um veto presidencial passará a trancar os trabalhos do plenário do Congresso.

A aprovação da LDO é considerada prioritária pelo governo federal porque o texto contém as novas metas econômicas traçadas para o próximo ano, com meta de superávit (poupança feita para o pagamento de juros da dívida pública), reduzida em R$ 30,7 bilhões em relação ao previsto inicialmente, em abril.

O relatório, elaborado pelo senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), ainda prevê as regras para os gastos federais caso o Orçamento 2015 não seja aprovado até 22 de dezembro, último dia da atividade do Legislativo.

O relatório aprovado pela Comissão Mista de Orçamento inclui ainda o chamado orçamento impositivo, dispositivo que obriga o governo federal a pagar as emendas parlamentares individuais – recursos utilizados nos redutos eleitorais dos deputados e senadores.


O valor para cada parlamentar ficou fixado em R$ 16,3 milhões, o que somará R$ 9,7 bilhões ao longo do ano (o equivalente a 1,2% da receita corrente líquida da União) – os valores constam do relatório do Orçamento 2015, elaborado pelo senador Romero Jucá (PMDB-RR).

A aprovação da LDO é tida como certa entre governistas e oposição, mas o Orçamento de 2015 está ameaçado devido à falta de tempo e poderá ficar para fevereiro ou março do ano que vem, o que já aconteceu em anos anteriores.


Caso isso ocorra, o governo só poderá gastar a partir de 1º de janeiro o correspondente a 1/12 do orçamento do ano anterior, até que a nova peça seja aprovada.

A fim de garantir a aprovação do Orçamento, os líderes partidários da comissão mista cogitam uma autoconvocação entre 23 de dezembro e 31 de dezembro. A ideia, porém, foi descartada na semana passada pelo presidente Renan Calheiros, para quem a ausência de Orçamento pode interessar ao governo.

“Talvez, o governo até prefira começar o ano sem orçamento porque teremos um ano provavelmente difícil, de ajuste fiscal. Talvez não ter orçamento ajude”, afirmou Renan Calheiros na última quinta-feira (11).

Outros itens
Além da LDO, também constam da pauta outros 32 projetos de lei, entre os quais o que garante às comissões mistas do Congresso o direito de apresentar emendas aos projetos do Plano Plurianual (PPA), da Lei Orçamentária Anual (LOA) e da LDO.


Atualmente, essa competência é limitada às comissões permanentes do Senado e da Câmara e aos parlamentares, por meio de emendas individuais. O texto já foi aprovado na semana passada pela CMO.

Os demais itens da pauta tratam da abertura de créditos adicionais para ministérios e outros órgãos públicos ainda no Orçamento de 2014.



Fonte Globo.com

Procuradoria Regional Eleitoral do RJ entra com ação contra Pezão

A Procuradoria Regional Eleitoral no Rio de Janeiro (PRE-RJ) propôs, nesta terça-feira (16), representação por captação ilícita de recursos contra o governador reeleito, Luiz Fernando Pezão (PMDB), e o vice-governador eleito, Francisco Dornelles (PP). A PRE questiona gastos não declarados na prestação de contas, especialmente com a produção de material gráfico. Se condenados, os dois podem ter o diploma cassado. Reeleito, Luiz Fernando Pezão foi diplomado na segunda-feira (15) em cerimônia na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).
A assessoria de Pezão informou em nota que "as doações e gastos da campanha foram feitos de acordo com a legislação eleitoral vigente e constam da prestação de contas aprovada pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE)."
Além da cassação dos diplomas de Pezão e Dornelles, o procurador regional eleitoral Paulo Roberto Bérenger pede a quebra de sigilo bancário das empresas e de seus sócios para a instrução do processo. “Há indícios de que os recursos financeiros não declarados pelo candidato, bem como pelas empresas que lhe confeccionaram material de propaganda eleitoral, possuam origem ilícita”, esclarece o procurador.

Uma diligência da equipe de fiscalização do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ) na empresa High Level Signs constatou, durante a campanha, divergência entre a tiragem registrada no material gráfico do então candidato e a que constava nas notas fiscais. A High Level Signs se declara como um “pool” de empresas formado por seis gráficas.

Gastos não declarados
A prestação de contas de Pezão foi aprovada com ressalvas pelo TRE-RJ. O relator Fábio Uchôa, que votou pela não aprovação, apontou uma série de falhas que, segundo ele, omitem despesas de mais de R$ 10 milhões. Por isso, a Procuradoria pede que a prestação de contas de Pezão seja anexada à representação.

No entendimento da PRE-RJ, o gasto não declarado com as gráficas, a omissão de despesas na prestação de contas e a divergência entre as doações diretas recebidas e as informações prestadas pelos doadores de campanha demonstram que houve gasto ilícito de recurso para fins eleitorais. Além disso, o material apreendido na gráfica, examinado pela Polícia Federal e comparado com informações obtidas junto à Receita Federal, mostra que a movimentação financeira das empresas que formam o grupo é maior do que aquela declarada.
A representação por captação ilícita de recursos é prevista na Lei Geral das Eleições (Lei nº 9.504/97, art. 30-A). Ela pode ser proposta até 15 dias após a diplomação do eleito e se destina a apurar irregularidades na arrecadação e gasto de recursos de campanha. Essa é a quinta ação movida pela PRE-RJ contra o governador do Rio.
Fonte Globo.com


Rio terá releitura do Galo de Barcelos de 7m como presente de 450 anos

O Rio vai ganhar de presente por seus 450 anos – que serão completados em 2015 - uma escultura inspirada no galo de Barcelos, feita pela artista portuguesa Joana Vasconcelos. A obra, batizada de Galo Pop, ficará exposta no Leme, na Zona Sul do Rio.

A escultura tem 7 metros de altura, é revestida de cerâmica e será iluminada a noite com luzes coloridas de LED. O Galo Pop ficará exposto por três meses, a partir de janeiro de 2015.

O galo de Barcelos é um ícone da cultura portuguesa. Reza a lenda que no século XVI, um cidadão foi acusado de cometer um crime, na cidade medieval de Barcelos. Ao ser condenado, ele observou um galo assado servido em uma travessa, sobre uma mesa, e disparou: "É tão certo eu estar inocente como certo é esse galo cantar quando me enforcarem sem culpa".

Todos riram da declaração do homem, mas, na dúvida, ninguém comeu o galo. Na hora do enforcamento o galo assado se levantou e cantou. O episódio deu origem ao ícone.



Fonte Globo.com

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

BC fará de tudo para que inflação volte ao centro da meta em 2016, diz diretor

O Banco Central (BC) fará o que for preciso para que a inflação volte ao centro da meta de 4,5%, em 2016, disse hoje (15) o diretor de Regulação do Sistema Financeiro e de Assuntos Internacionais, Luiz Awazu Pereira, ao participar do seminário Reavaliação do Risco Brasil. Ele disse que o BC fará tudo o que lhe couber e reconheceu que a inflação não depende apenas da atuação do órgão.

Awazu destacou que, ao longo de 2015, serão tomadas medidas de acordo com as circunstâncias que se apresentarem para que seja criada uma trajetória e a meta, atingida em 2016. No seminário, Awazu disse que manter a nota do país nas avaliações de risco é uma "questão de alta prioridade". Segundo ele, o trabalho da equipe está voltado com para isso.

O diretor sênior da agência de avaliação de risco Standard & Poors, Sebastian Briozzo, reconheceu que o papel do Banco Central é importante. No entanto, Briozzo acredita que a instituição pode não ter capacidade de resolver a questão sozinha: "vai ser difícil o BC ser bem sucedido com sua capacidade se o [desempenho] fiscal não colaborar”.

As metas oficiais para a inflação no Brasil prevêem como patamar ideal a taxa de 4,5%, e, como teto, 6,5%. A última taxa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) se mantém acima desses valores, com 6,56% acumulados nos últimos 12 meses.

Fonte Agência Brasil

Rio: Ministério Público lança projeto para evitar tragédias na região serrana

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) apresentou hoje (15) em Teresópolis, na região serrana fluminense, o Projeto Morte Zero, desenvolvido pela 9ª Procuradoria de Justiça de Tutela Coletiva. A promotora Denise Tarin, idealizadora da campanha, fez ação semelhante no município de Petrópolis entre setembro de 2003 e março de 2007.

Segundo ela, a iniciativa serve mais para evitar tragédias do que buscar os culpados. As obras que não foram feitas têm que ser cobradas, mas também não se pode deixar de lado a necessidade de conscientização social a respeito das situações de risco e da vulnerabilidade de cada região.
Paralelamente ao lançamento do Projeto Morte Zero ocorre o evento Segurança Humana nas Cidades Resilientes – encontro que tem como objetivo sensibilizar promotores da região serrana para atuação prioritária na prevenção de desastres naturais.

O evento conta com palestras e uma oficina de trabalho coordenada pela professora Lucila Martinez, coordenadora nacional da Cátedra da Unesco Cidade e Meio Ambiente, com a participação de promotores e procuradores de Justiça, representantes da Defesa Civil, advogados, biólogos, geógrafos, economistas e pesquisadores ligados à prevenção de desastres.
No encontro serão discutidos temas como os desastres sob a perspectiva humana; a importância dos sistemas de informação e vigilância; redução dos impactos de emergência em saúde, ações da defesa civil para a região, entre outros.

As ações serão estendidas até o final de março de 2015 e têm por objetivo fazer uma aproximação com a população, além de promover campanhas de conscientização com medidas preventivas e procedimentos de segurança durante o verão, quando é esperado aumento no índice pluviométrico.
As autoridades esperam evitar que a tragédia de 2011 se repita. Naquele ano, sete municípios da região serrana, incluindo Nova Friburgo, Petrópolis e Teresópolis foram atingidos por enchentes e deslizamentos de terra provocando a morte de mais de 900 pessoas e deixando cerca de 35 mil desabrigadas.



Fonte Agência Brasil

Pezão anuncia secretários do RJ nesta terça-feira: 'PT está fora', diz

O governador Luiz Fernando Pezão disse nesta segunda-feira (15), durante sua diplomação na Assembleia Legislativa, no Centro do Rio, que vai anunciar os primeiros nomes do seu secretariado nesta terça (16). Segundo ele, o PT não vai integrar o governo.
"Neste primeiro momento, o PT está fora. Eles não fizeram parte da aliança, embora eu tenha tido apoio de cinco deputados do partido na minha campanha", disse o governador após participar da solenidade promovida pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
Pezão também minimizou nova ação do Procuradoria Regional Eleitoral, que pede a impugnação da sua eleição. "É a 18ª ação. Já ganhei cinco. É direito dos meus adversários de zelar pelo pleito e o meu de me defender", afirmou.


Segurança reforçada
O governador também anunciou que serão tomadas novas medidas na área de segurança a partir da primeira semana de janeiro. Segundo ele, serão reforçadas as regiões da Rocinha e do Alemão.



Fonte Globo.com

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Beneficiários do INSS têm até 30 de dezembro para fazer comprovação de vida

Aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) têm até o dia 30 de dezembro para comprovação de vida e a renovação da senha na rede bancária, caso contrário, o benefício será suspenso. Os bancos não funcionam no dia 31. O alerta é da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), que pede às pessoas que evitem o procedimento na última hora.
A comprovação de vida deve ser feita na instituição em que o segurado recebe. É importante destacar que o procedimento é obrigatório e deve ocorrer anualmente, segundo comunicado da federação.
A prova de vida é importante no combate a fraudes e inconsistências no pagamento de benefícios. Após a conferência e validação dos dados, o beneficiário recebe uma nova senha.
Os bancos garantem que estão alertando os clientes sobre o fim do prazo por meio de avisos impressos nos extratos bancários e mensagens que podem ser lidas nas telas do caixa eletrônico, no momento do saque do benefício.
O segurado ou pensionista deve levar um documento de identificação com foto, como a carteira de identidade, Carteira de Trabalho, Carteira Nacional de Habilitação, entre outros. Os bancos que têm tecnologia para fazer a identificação biométrica poderão utilizá-la. 
Caso esteja impedido de ir à agência bancária, o beneficiário deve fazer a prova de vida por meio de um procurador devidamente cadastrado no INSS. Para se cadastrar, o procurador deverá comparecer a uma agência da Previdência Social e apresentar a procuração devidamente assinada.
O modelo da procuração pode ser encontrado no site do ministério. Outra opção é uma procuração registrada em cartório, se o beneficiário for não alfabetizado, informa o INSS. Além disso, é necessária a apresentação de atestado médico (emitido nos últimos 30 dias) que comprove a impossibilidade de locomoção do beneficiário ou atestado de vida emitido por autoridade consular, no caso de ausência por motivo de viagem ou de residência no exterior, além dos documentos de identificação do beneficiário e do procurador.
Na última sexta-feira (12), o Ministério da Previdência Social divulgou o calendário de pagamento dos benefícios em 2015, que pode ser consultado na página da Previdência Social na internet. Em janeiro de 2015, a folha de pagamento do INSS tem início no dia 26 de janeiro e término no dia 6 de fevereiro. Para saber o dia de pagamento, os beneficiários devem observar o último número do cartão de benefício, excluindo-se o dígito.
Fonte Agência Brasil

Motoristas com débito no IPVA podem regularizar situação sem juros


O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, sancionou uma lei na sexta-feira (12) que permite a quitação de dívidas de IPVA sem juros e multas. A medida vale para débitos ocorridos até 31 de dezembro de 2013 e que não estejam inscritos na dívida ativa do Estado.
Os débitos, apurados por Renavam, poderão ser pagos em até três parcelas sem acréscimo, inclusive moratórias. Os prazos de vencimento serão os dias 5 de fevereiro para a pagamento da primeira cota ou cota única; 5 de março para a segunda cota; e 6 de abril equivalente a terceira cota.
É condição prévia de ingresso no programa de regularização fiscal que os débitos de IPVA referentes ao exercício de 2014 sejam quitados até o dia 26 de dezembro de 2014. Por este motivo, somente após esta data as Guias para Regularização de Débitos (GRDs) referentes às dívidas até 31 de dezembro de 2013 estarão disponíveis.
O recolhimento será efetuado através da GRD, podendo ser gerado pela internet nos sites do banco Bradesco, da Secretaria de Estado de Fazenda ou do Detran. O pagamento poderá ser efetuado em qualquer agência bancária.
Após a data de vencimento da última parcela, o contribuinte perde o benefício, sendo restabelecidos os valores de multa e juros integrais sobre os saldos ainda remanescentes e fica, inclusive, sujeito à inscrição na dívida ativa.

Vencimentos de 2015
A Secretaria de Estado de Fazenda divulgou a tabela de vencimentos do IPVA 2015. A primeira data será no dia 22 de janeiro e abrange o pagamento da cota única e a primeira parcela dos veículos de placa zero. A última data de vencimento será no dia 16 de abril, quando vencerá o prazo para quitação da terceira e última parcela do imposto dos veículos de placa 9. Veja a tabela completa.

A Guia para Regularização de Débitos (GRD) estará disponível ao público nos sites da Fazenda e do Bradesco em data que ainda vai ser divulgada. Toda a rede bancária aceitará o pagamento do IPVA fluminense em todos os estados do país. O contribuinte poderá quitar o imposto também pela internet ou telefone de seu banco.

Fonte Globo.com

População enfrenta três horários de pico no trânsito do RJ, diz pesquisa

Encontrar soluções para a crise da mobilidade urbana é um dos principais desafios para o poder público. Segundo uma pesquisa da Secretaria Estadual de Transportes, a população que circula pela Região Metropolitana passou a enfrentar três horários de pico no trânsito e não apenas no começo da manhã e no final da tarde. Segundo a pesquisa, a hora do rush também acontece atualmente ao meio-dia, no horário de almoço e de saída e entrada das escolas. Os dados foram mostrados com exclusividade pelo Bom Dia Rio na manhã desta segunda-feira (15).
As principais vias da cidade têm enfrentado grandes congestionamentos nesses três horários. Vias importantes como: Avenida Brasil, Ponte Rio-Niterói, Avenida Francisco Bicalho, Linha Vermelha, Linha Amarela e Avenida das Américas, têm recebido mais veículos do que podem suportar.
Ainda de acordo com o estudo, quem usa transporte público sai mais cedo de casa, a maioria pouco antes da 6h. “É terrível, ônibus lotado, trânsito parado e final de ano vai complicar ainda mais”, afirmou um passageiro. O número de carros e de motos na rua é maior uma hora mais tarde, por volta das 7h. Na volta para casa, todo mundo parece sair junto do trabalho, concluiu a pesquisa. O maior movimento se concentra às 17h.
Uma das constatações é que na última década a proporção de pessoas que usa o transporte individual - carros e motos – aumentou e a procura pelo transporte coletivo é proporcionalmente menor. O Rio teve avanços em algumas áreas, mas ainda precisa melhorar muito.
“A solução aqui é cada vez mais investimento em transporte de alta capacidade. Quando você tem cada vez mais pontual, com conforto compatível obviamente com metrô, trem, barcas, naturalmente as pessoas se deslocam para o transporte público. Essa é a solução de mobilidade não é só no Rio de Janeiro. Ainda não temos o conforto que a população merece, mas temos uma situação infinitamente melhor que em 2003 e 2007”, afirmou a secretária estadual de Transportes, Tatiana Vaz Carius.


Procura por transporte individual está maior
Em 2003, o transporte individual era utilizado por 25,8% da população, enquanto o transporte coletivo era a alternativa para 74,2% das pessoas. Já num estudo feito em 2012, 28,5%o da população passou a fazer uso dessa alternativa e 71,5% usavam o transporte coletivo.

Em função disso, o tempo médio diário gasto pelos motoristas de carro subiu 32%. Quem escolhe o transporte público, vai mais rápido, já que o Rio ganhou corredores exclusivos para ônibus e abriu caminho para veículos articulados com capacidade maior. Já os carros, espremidos, andam cada vez mais devagar.
Novas composições chegaram para o metrô. Mas o aperto continua. “Eu acordo cedo porque se eu passar das 5 horas, aí ja era”, diz um passageiro. Trens chineses circulam nos trilhos da Supervia, mas renovação completa só acontecerá em 2016. “Nem todas as composições tem ar condicionado. Esse tempo agora, verão chegando e muito calor. Complicado!”, afirmou um usuário.
A frota das barcas aumentou, mas o número de passageiros também. O ciclista ganhou espaço, mas ainda falta interligar as ciclovias espalhadas pela cidade. Na última década, a proporção de pessoas que sai de casa a pé ou de bicicleta caiu e na escolha entre o carro ou transporte público, não é difícil saber quem levou vantagem.
Os deslocamentos a pé ou de bike caíram mais de cinco pontos percentuais, de 37% para 31,8%. As viagens de carro subiram de 16,3% para 19,5%. Já as de transporte público, de 46,6% para 48,7%. Uma cena muito comum é o motorista sozinho. Mas cada pessoa em um carro ocupa o espaço de 12 passageiros no transporte público. As ruas ficaram pequenas para tantos motoristas e pra conquistar os passageiros os transportes públicos precisam que melhorar.

Fonte Globo.com

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Clube Militar publica lista de mortos 'pelo irracionalismo do terror'

O Clube Militar publicou na ediçao do jornal O Globo desta quinta-feira (11), um anúncio em que presta homenagem póstuma a 126 militares e civis mortos nas décadas de 1960 e 1970 “pelo irracionalismo do terror”. A homenagem acontece no dia seguinte à divulgação do relatório final da Comissão nacional da Verdade, entregue na quarta-feira (10) à presidente Dilma Rousseff. A presidente se emocionou ao receber o relatório e chegou a chorar ao fazer referência aos brasileiros que perderam parentes e amigos no combate à ditadura.

“In memoriam, Os Clubes Naval, Militar e de Aeronáutica prestam homenagem póstuma aos 126 brasileiros que perderam suas vidas pelo irracionalismo do terror, nas décadas de 1960 e 1970. Suas histórias, absurdamente, foram desprezadas pela Comissão Nacional da Verdade, um desrespeito às suas histórias e aos seus familiares. Roga-se uma prece por suas almas”, diz a íntegra da nota publicada hoje.

Wadih Damous, presidente da Comissão da Verdade no Rio de Janeiro, considerou a nota do Clube Militar despropositada e disse que o anúncio tenta confundir a sociedade em relação aos papéis desempenhados por cada um à época da ditadura. Ele disse que não há notícia de que militares mortos na época da ditadura tenham sito torturados, estuprados e esquartejados.

“Se houve mortes, foi em confronto com militantes”, afirmou.

O anúncio foi publicado no dia seguinte à divulgação de um editorial pelo site do Clube Militar, assinado pelo presidente do clube, general Gilberto Rodrigues Pimentel, na qual ele afirma que o relatório da Comissão Nacional da Verdade é um "absurdo". "O ódio e o desejo de vingança são tão grandes que um absurdo desses é assinado por advogados, juristas e professores universitários. Tudo em nome da causa socialista", diz um trecho.
Ainda segundo o editoral, o relatório é uma "peça requentada, porque só confirma bandeiras preexistentes na esquerda brasileira".
“Nosso objetivo com essa publicação é deixar clara a nossa posição em relação a Comissão da Verdade, que só aborda só um lado, daquelas que foram vítimas do estado. A Comissão está querendo fazer uma apuração da história assim. Nossa intenção é minimizar essa injustiça. Não somos a favor da ditadura, mas todos os lados têm que ser apurados”, explicou o coronel Ivan Cosme, diretor de Comunicação Social do Clube Militar.
Wadih Damous considerou o editorial uma provocação, porque, segundo ele, o relatório final da Comissão Nacional da Verdade citou "300 e poucos agentes que participaram de torturas" e, para chegar a esses nomes, a comissão agiu em obediência à lei.
"A comissão tinha que chegar à autoria dessas torturas e os autores foram apontados pelas próprias vítimas, e muitos dos acusados confessaram, como foi o caso de Paulo Malhães. Por isso não há calúnias nem mentiras no relatório", disse.


Relatório final
O relatório final da Comissão Nacional da Verdade aponta 377 pessoas como responsáveis diretas ou indiretas pela prática de tortura e assassinatos durante a ditadura militar, entre 1964 e 1985 (veja lista com os nomes dos 377).

Com 4.328 páginas, o documento consolida o trabalho da comissão, após dois anos e sete meses de audiências públicas, depoimentos de militares e civis e coleta de documentos referentes ao regime militar (consulte a íntegra).
Segundo o documento, a identificação da autoria dos crimes foi feita com base em documentos, depoimentos de vítimas e testemunhas, inclusive de agentes públicos que teriam participado da repressão. A CNV afirma no relatório que, devido à falta de documentos, relatos ou testemunhas, há nomes "conhecidos" não incluídos na lista porque não foi possível comprovar a participação deles em violações de direitos humanos.
De acordo com o Ministério Público Federal, a Deliberação 1.218, de 9 de novembro de 1973, que deu à ponte o nome de Presidente Médici, ofende o princípio da impessoalidade e o direito à memória. A recomendação do MPF pede a retirada do nome do ex-presidente de qualquer placa indicativa da ponte e que o novo nome seja escolhido, em 90 dias, por meio de discussão pública, com participação da sociedade civil, obedecendo normas constitucionais e legais.


Fonte Globo.com

Ladrões se passam por ambulantes para atacar motoristas no

Criminosos têm se disfarçado de vendedores de biscoitos para assaltar motoristas que ficam parados em congestionamento na Linha Vermelha, no Rio. Os ataques acontecem principalmente na altura da Maré, no Subúrbio do Rio, e no Caju, na Zona Portuária, como mostrou o Bom Dia Rio.

Segundo motoristas, o assaltante passa entre os carros analisando os pertences das pessoas e depois volta até o carro que achou ser mais vulnerável, finge que vai vender um biscoito, mostra arma e leva os objetos da vítima.

A Polícia Militar já tem conhecimento da prática desse tipo de crime na região e pediu ao setor de inteligência um estudo sobre esse tipo de assalto para tomar providências. Ainda de acordo com a PM, esses vendedores estão sendo abordados pelos policias.


Fonte Globo.com

Petrobras deve divulgar nesta sexta balanço não auditado da empresa

A Petrobras deve divulgar nesta sexta-feira (12) um balanço não auditado dos resultados da empresa. Isso significa que o relatório sobre o patrimônio apresentado pela companhia não será divulgado com análise e aprovação de uma empresa de auditoria independente.
Em novembro, a estatal informou que não divulgaria o resultado trimestral no prazo previsto pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). No dia 16, a empresa publicou um anúncio de duas páginas nos jornais deste domingo (16) para explicar os problemas que levaram ao adiamento. O balanço deveria ter sido divulgado no dia 14.
Ao afirmar que passa por "um momento único em sua história", a empresa explica no anúncio que o adiamento dos resultados aconteceu pela necessidade de tempo para aprofundar as investigações da Operação Lava Jato. A estatal acrescentou que seria necessário um prazo maior para ajustar as demonstrações contábeis com base nas investigações da operação.
No anúncio, a Petrobras citou as denúncias e também afirma que tomaria as medidas jurídicas para ressarcir os supostos recursos desviados e "os eventuais valores decorrentes de sobrepreços dos contratos com as empresas participantes do suposto cartel".
A estatal também alegava, no informe, que tem tomado providências para aprofundar as investigações, e que colabora com o atendimento sistematico aos órgaos de controle externo, como o Tribunal de Contas da União, a Controladoria Geral da União e o Ministério Público.
De acordo com o informe, a ePetrobrasx pediu à Justiça para ter acesso aos depoimentos do ex-diretor de abastecimento, Paulo Roberto da Costa, e de Alberto Yousseff.
Como providência contra a corrupção, a estatal afirmou no anúncio que implementou "60 ações de relevante impacto para o aprimoramento de sua governança" e que está adotando outras seis medidas contra fraudes, desvios do código de ética e aumento de custos e prazos de projetos.

Segundo a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Petrobras está sujeita a multa de R$ 500 por dia por atrasar a entrega do balanço.

Fonte Globo.com

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Nível de reservatórios do RJ cai a 3%, mas Cedae nega risco de falta d'água

O volume útil médio dos reservatórios do Rio Paraíba do Sul no Rio de Janeiro caiu para 3% nesta terça-feira (9), de acordo com a Agência Nacional de Águas (ANA). O nível é considerado muito baixo por técnicos da companhia e caiu mais da metade em um mês (era de 6,8%). A Companhia Estadual de Águas e Esgoto (Cedae), no entanto, garante que o abastecimento não será prejudicado em nenhum município do estado.
Segundo a companhia, mesmo que o volume útil de água se esgote, ainda existe a possibilidade de o volume morto – parte dos reservatórios concentrada abaixo da tomada d’água de hidrelétricas – ser utilizado.
Se comparado com anos anteriores, os dados da ANA são ainda mais significativos. Em outubro de 2013, o volume médio era de 48,2%. O nível chegou a 80,8% em 2009.


Transposição Paraíba do Sul
Em meio à crise da falta d'água, os governadores de São Paulo,  Geraldo Alckmin (PSDB); do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB); e de Minas Gerais, Alberto Pinto Coelho (PP), fecharam um acordo no dia 27 no Supremo Tribunal Federal (STF) para dar início a obras de infraestrutura a fim de reduzir os efeitos da seca.

Pelo acordo, mediado pelo ministro do STF Luiz Fux, os três estados devem apresentar até 28 de fevereiro propostas para o enfrentamento da crise de falta d'água. Uma dessas propostas é a transposição do rio Paraíba do Sul, cuja bacia abrange áreas dos três estados..
A transposição é um projeto do governo paulista que pretende desviar água do rio para abastecer o Sistema Cantareira, que enfrenta uma crise hídrica por conta da estiagem no Sudeste. O Rio de Janeiro era inicialmente contrario à obra porque a bacia do Paraíba do Sul abastece diversos municípios do estado, incluindo a região metropolitana da capital fluminense.
Os governadores e representantes dos órgãos responsáveis pelos estudos técnicos ambientais se comprometeram, no acordo assinado após a audiência, a não realizar obras sem o consentimento de todas as partes envolvidas. Os governadores se comprometeram a respeitar, nas obras, estudos de impacto ambiental e realizar ações de compensação ambiental.
Na época, o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, afirmou que "ninguém quer prejudicar" nenhum ente federativo. "Os três estados chegaram a um consenso e esse prazo é suficiente. É importante a gente ter a solidariedade dos três entes federativos [...] Ninguém quer prejudicar nenhum estado. É ter as garantias para o futuro, e nós temos certeza que desse limão saiu uma grande limonada", brincou Pezão.


Fonte Globo.com

Clube Militar vê coleção de 'calúnias' em relatório da Comissão da Verdade

O Clube Militar, formado por militares da reserva, chamou de "absurdo" o relatório final da Comissão Nacional da Verdade, classificado em nota divulgada pela entidade como "uma coleção de meias verdades, calúnias e mentiras inteiras, embaladas com pedaços de verdade".
O relatório foi entregue nesta quarta-feira (10) à presidente Dilma Rousseff. Para a entidade, o documento é uma "peça requentada porque só confirma bandeiras preexistentes na esquerda brasileira".
Em nota divulgada na tarde desta quarta, o presidente do Clube, general Gilberto Rodrigues PimenteL, afirma que o relatório da CNV é uma coleção de "meias verdades, calúnias e mentiras inteiras, embaladas com pedaços de verdade". Para Pimentel, a divulgação do texto só confirma a "orientação socialista" dos membros da comissão. O general também classifica a Comissão da Verdade de "risível" e "parcial" (veja íntegra da nota ao final da reportagem).
"Das suas 29 recomendações, várias miram diretamente as Forças Armadas, como agentes do Estado. Nenhuma faz referência à ação dos terroristas, guerrilheiros, sequestradores e assassinos esquerdistas que tentavam tomar o poder à força e estabelecer no País um governo totalitário comunista de modelo soviético, chinês ou cubano", diz trecho da nota.
"O ódio e o desejo de vingança são tão grandes que um absurdo desses é assinado por advogados, juristas e professores universitários. Tudo em nome da causa socialista. É peça requentada porque só confirma bandeiras preexistentes na esquerda brasileira", continua.
A nota também afirma que a CNV foi criada para "alterar a Lei de Anistia parcialmente" para punir os agentes do Estado que "combateram e venceram as tentativas comunistas de tomada do poder no Brasil".


Relatório final
O relatório final da Comissão Nacional da Verdade aponta 377 pessoas como responsáveis diretas ou indiretas pela prática de tortura e assassinatos durante a ditadura militar, entre 1964 e 1985 (veja lista com os nomes dos 377).

Com 4.328 páginas, o documento consolida o trabalho da comissão, após dois anos e sete meses de audiências públicas, depoimentos de militares e civis e coleta de documentos referentes ao regime militar (consulte a íntegra).
Segundo o documento, a identificação da autoria dos crimes foi feita com base em documentos, depoimentos de vítimas e testemunhas, inclusive de agentes públicos que teriam participado da repressão. A CNV afirma no relatório que, devido à falta de documentos, relatos ou testemunhas, há nomes "conhecidos" não incluídos na lista porque não foi possível comprovar a participação deles em violações de direitos humanos.
O relatório faz recomendações ao governo, entre as quais a de que os apontados como responsáveis de cometer crimes contra a humanidade respondam na Justiça e a do reconhecimento pelas Forças Armadas da sua responsabilidade pelas violações de direitos humanos.
A responsabilização criminal, que implicaria rever a Lei da Anistia, de 1979, não foi unanimidade entre os conselheiros da comissão.
O tema já foi tratado pelo Judiciário em 2010, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) julgou uma ação da Ordem dos Advogados do Brasil que pedia que fosse declarada inconstitucional a Lei da Anistia. Por maioria absoluta, o Supremo apoiou a tese que garantiu a validade da Lei da Anistia para os delitos cometidos pelos dois lados durante a ditadura militar, beneficando de forma recíproca tanto os agentes de estado quanto os que aderiram à luta armada contra a ditadura. Ao G1, ministros que participaram daquele julgamento questionaram a possibilidade de punição.
Veja íntegra da nota divulgada pelo Clube Militar:

RELATÓRIO REQUENTADO
A espúria Comissão Nacional da Verdade emitiu, finalmente, seu relatório.
Tratando-se de entidade que alterou a seu bel-prazer sua missão, o objeto da lei e o prazo em que ocorreram os fatos a investigar, tudo através de decisões internas, legislando em causa própria sem que os poderes desrespeitados reagissem, perdeu, na origem, a imparcialidade que devia orientar seus trabalhos e, consequentemente, sua credibilidade.
A finalidade da CNV, desde sua concepção, sempre foi uma só: alterar a Lei de Anistia parcialmente, de maneira que os agentes do Estado, que combateram e venceram as tentativas comunistas de tomada do poder no Brasil, não sejam protegidos pela dita Lei. Quanto aos angelicais terroristas, merecem toda a proteção e indenizações criadas ou a criar.
O relatório só poderia ser uma coleção de meias verdades, calúnias e mentiras inteiras, embaladas com pedaços de verdade cuja divulgação confirme a orientação socialista dos comissários.
Das suas 29 recomendações, várias miram diretamente as Forças Armadas, como agentes do Estado. Nenhuma faz referência à ação dos terroristas, guerrilheiros, sequestradores e assassinos esquerdistas que tentavam tomar o poder à força e estabelecer no País um governo totalitário comunista de modelo soviético, chinês ou cubano.
Entre as medidas sugeridas, destacam-se:

- o reconhecimento, pelas Forças Armadas, de sua responsabilidade pela ocorrência de graves violações de direitos humanos;
- responsabilidade jurídica – criminal, civil e administrativa – dos agentes públicos envolvidos no combate à guerrilha, deixando de aplicar, em relação aos mesmos,a Lei da Anistia e quaisquer outras disposições constitucionais ou legais que possam beneficiá-los!!! – ou seja, não podem invocar a lei vigente em seu benefício;
- proibição de realização de eventos oficiais em comemoração ao Movimento de 1964;
- reformulação dos concursos de ingresso e dos processos de avaliação contínua das Forças Armadas;
- modificação dos currículos das academias militares, para promoção da democracia e dos direitos humanos (por acaso os atuais são contrários a isso?);
- revogação da Lei de Segurança Nacional;
- desmilitarização das polícias militares estaduais;
- extinção da Justiça Militar estadual;
- exclusão de civis da jurisdição da Justiça Militar federal;
- criação de órgão permanente para dar prosseguimento aos trabalhos da CNV (ou seja, eternizar a CNV);
- prosseguimento e fortalecimento da política de localização e abertura dos arquivos da ditadura militar.

Três volumes e mais de duas mil páginas: um relatório que não apresenta grandes novidades e, em suas recomendações, insiste na adoção de medidas que implicam a retroação de leis para prejudicar o pretenso réu, a subordinação do ordenamento jurídico nacional às decisões de agências internacionais, e a absurda sugestão de que aos acusados não sejam aplicados a Lei da Anistia ou quaisquer outras disposições constitucionais ou legais que possam beneficiá-los.
Que espécie de proposta é essa, que nega o amparo da lei ao acusado, transformando-o em cidadão de segunda classe, ou selecionando a priori quais as leis que o mesmo pode invocar em sua defesa?
O ódio e o desejo de vingança são tão grandes que um absurdo desses é assinado por advogados, juristas e professores universitários. Tudo em nome da causa socialista.
É peça requentada porque só confirma bandeiras preexistentes na esquerda brasileira.
O relatório é tão risível e parcial quanto a CNV.
Gen Gilberto Rodrigues Pimentel – Presidente do Clube Militar


Fonte Globo.com

MPF oferece nesta quinta denúncias contra investigados na Lava Jato

O Ministério Público Federal do Paraná oferecerá nesta quinta-feira (11) denúncias contra investigados na sétima fase da Operação Lava Jato, deflagrada no mês passado pela Polícia Federal para investigar lavagem de dinheiro. A investigaçao resultou na descoberta de um esquema de desvio de dinheiro da Petrobras.
Investigadores que atuam no processo disseram que cerca de 20 pessoas deverão ser denunciadas pela prática de, ao menos, quatro crimes: lavagem de dinheiro, corrupção ativa, corrupção passiva e organização criminosa.
Se o juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância, aceitar as denúncias do Ministério Público, os investigados passarão à condição de réus no processo. A expectativa é que Moro aceite as denúncias ainda nesta semana, até esta sexta (12).
Segundo o Ministério Público, os procuradores que compõem a chamada “força-tarefa” da Lava Jato concederão entrevista coletiva à imprensa às 15h na capital paranaense para apresentar a lista de investigados que serão denunciados e os crimes encontrados pelo MP.
Segundo investigadores que atuam no caso, as denúncias deverão ser dividas por empresas. Por exemplo, dizem, serão apontados os crimes “A” e “B” praticados pela empresa “C” e os crimes “D” e “E”, atribuídos à empresa “F”. Um mesmo crime poderá ser apontado a duas ou mais empreiteiras.
Segundo esses investigadores, entre os cerca de 20 denunciados devem estar 11 executivos de empreiteiras presos na carceragem da Polícia Federal em Curitiba, conforme adiantou no último sábado ao Jornal Nacional o procurador-geral da República, Rodrigo Janot; o doleiro Alberto Youssef; o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa; o lobista Fernando Baiano; além de outros executivos investigados na sétima fase que foram soltos.
Nesta quinta, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, estará em Curitiba, onde terá reunião com a “força-tarefa” do Ministério Público para discutir quais medidas podem ser tomadas após o oferecimento das denúncias.


Lava Jato
A operação Lava Jato investiga um esquema de lavagem de dinheiro que teria movimentado cerca de R$ 10 bilhões e provocou desvio de recursos da Petrobras, segundo investigações da Polícia Federal e do Ministério Público Federal.

Na primeira fase da operação, deflagrada em março deste ano, foram presos, entre outras pessoas, o doleiro Alberto Youssef, apontado como chefe do esquema, e o ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa.
A nova fase da operação policial teve como foco executivos e funcionários de nove grandes empreiteiras que mantêm contratos com a Petrobras que somam R$ 59 bilhões.
Parte desses contratos está sob investigação da Receita Federal, do MPF e da Polícia Federal. Ao todo, foram expedidos, nesta sétima etapa, 85 mandados em municípios do Paraná, de Minas Gerais, de São Paulo, do Rio de Janeiro, de Pernambuco e do Distrito Federal.
Conforme balanço divulgado pela PF, além das 25 prisões, foram cumpridos 49 mandados de busca e apreensão. Também foram expedidos nove mandados de condução coercitiva (quando a pessoa é obrigada a ir à polícia prestar depoimento), mas os policiais conseguiram cumprir seis.


Fonte Globo.com

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Carro da PM é flagrado no corredor do BRT na Barra da Tijuca

Um carro da Polícia Militar foi flagrado trafegando pelo corredor BRT na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. O flagrante foi feito por um telespectador no dia 28 de novembro, por volta das 18h. O Bom Dia Rio procurou a PM para falar sobre o caso, mas até a publicação desta reportagem não obteve resposta.

Fonte Globo.com

Em um mês, nível de reservatórios do Rio Paraíba do Sul cai pela metade e chega a apenas 3%

Em curva descendente dia após dia, o volume médio de água nos quatro principais reservatórios do Rio Paraíba do Sul, que abastece cerca de 15 milhões de pessoas nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, chegou nesta terça-feira ao patamar de 3%, o menor percentual histórico em 36 anos. Há um mês, era de 6%, o que significa que caiu pela metade. Se no próximo verão as chuvas teimarem em não aparecer, a Região Metropolitana do Rio deverá necessariamente lançar mão de um plano de contingência, alertam especialistas. Entre essas medidas, estão o uso do volume morto do reservatório de Paraibuna — que fica no Vale do Paraíba paulista —, a captação para abastecimento do reservatório de Ribeirão das Lajes, em Piraí, além de políticas de racionamento. Nesta terça-feira, gestores se reuniram no Instituto Estadual do Ambiente (Inea) para discutir alternativas à crise, uma semana depois do anúncio do acordo para transposição que beneficia São Paulo. O encontro contou com representantes do governo do estado, da Agência Nacional de Águas (ANA), dos comitês de bacia e distribuidores de energia.
— Acredito ser inevitável que, em 2015, medidas mais pesadas precisem ser tomadas para conter a crise. A solução será negociada entre os estados. (O reservatório de) Paraibuna está com apenas 1% de seu volume útil. E vem caindo, em média, 0,1% por dia. Se nos próximos dez dias não chover, a captação deverá ser feita no volume morto, o que jamais aconteceu — alerta o diretor-executivo da Agência da Bacia do Rio Paraíba do Sul (Agevap), André Luis Marques.

CEDAE VOLTA A DESCARTAR RACIONAMENTO
O volume morto é a parcela dos reservatórios concentrada abaixo da tomada d’água de hidrelétricas. Até hoje, essa porção sempre foi preservada, em toda a Bacia do Paraíba do Sul. Especialistas afirmam que a utilização dos volumes mortos para o abastecimento vai exigir testes de qualidade de água, uma vez que concentram mais poluentes e sedimentos. A ANA informou, por meio de sua assessoria, que não serão necessárias obras para a captação dos volumes mortos do Paraíba do Sul.
— Risco para a saúde sempre tem, pois são águas que concentram sedimentos — acrescenta o consultor em recursos hídricos Jander Duarte, que critica a falta de ações concretas dos governos. — Só se anunciam medidas paliativas, que não resolvem o problema. Quais os projetos para os próximos anos? Quais os investimentos?


Além do volume morto de Paraibuna, outra alternativa para driblar a seca no Rio seria a utilização das reservas de Ribeirão das Lajes, em Piraí, reservatório operado pela Light. Com águas consideradas “de ótima qualidade” por especialistas, Lajes é tido como um reservatório estratégico, um escape que só deveria ser acionado em caso de extrema emergência. O reservatório dispunha de nível confortável nesta terça-feira: 71,9% de volume útil, pois é abastecido pelo Rio Piraí, um sistema paralelo.

O presidente da Cedae, Wagner Victer, voltou a negar nesta terça-feira a possibilidade de desabastecimento e racionamento de água na Região Metropolitana do Rio, que concentra 8,4 milhões de moradores e é abastecida pelo Paraíba.
— A posição oficial da empresa é a mesma: não há qualquer previsão de desabastecimento ou racionamento por clientes da Cedae na Região Metropolitana.
Questionado sobre as possibilidade de utilização de água da represa de Lajes, Victer foi lacônico:
— Esta gestão é feita pela ANA, que define todos os procedimentos.
Segundo a ANA, por enquanto o sistema Guandu continua recebendo mais de 110 metros cúbicos de água por segundo, o que garante o abastecimento.
Gestores acreditam que pancadas de chuva previstas para os próximos meses ajudarão os reservatórios. Mas há quase um consenso de que 2015 será um ano ainda mais complicado para o abastecimento no Sudeste.
Prefeituras do Médio Paraíba e do Norte Fluminense já manifestam preocupação com o agravamento da crise. Representantes da Comissão Ambiental Sul, uma entidade de defesa do meio ambiente com sede em Volta Redonda, criticam a proposta de transposição de parte do volume da Bacia do Paraíba do Sul para São Paulo:
— Vai faltar água no Rio. Em nosso estado não temos nenhuma alternativa. São Paulo tem várias. Achei estranho este acordo feito entre os governos paulista, fluminense e mineiro. A população não foi consultada.


Fonte Globo.com

Comissão da Verdade lança nesta quarta relatório final sobre a ditadura

Após dois anos e sete meses buscando documentos, ouvindo depoimentos e visitando locais de torturas e mortes, os membros da Comissão da Verdade apresentarão nesta quarta-feira (10) o relatório final sobre as violações aos direitos humanos cometidos entre 1946 e 1988, especialmente na ditadura militar, de 1964 a 1985. A divulgação ocorre quando se celebra o Dia Internacional dos Direitos Humanos.
O documento lista os responsáveis pela repressão política, além de 434 vítimas dos crimes cometidos. Há ainda a relação dos locais onde ocorriam as sessões de interrogatórios forçados, prisões ilegais e desaparecimentos forçados. A íntegra dos três volumes, com mais de 2 mil páginas, será disponibilizada às 11h no site oficial da comissão.
Antes, os seis integrantes do grupo – os advogados José Carlos Dias, José Paulo Cavalcanti Filho, Rosa Cardoso e Pedro Dallari; a psicanalista Maria Rita Kehl e o cientista político Paulo Sérgio Pinheiro –  farão uma reunião com a presidente Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto, para entregar o relatório.
Presa e torturada durante o regime militar, Dilma sancionou em 2011 a lei que criou a comissão, proposta pelo antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, aprovada pelo Congresso, e fruto de três conferências de Direitos Humanos, promovidas desde o governo Fernando Henrique Cardoso.
Para o evento no Planalto, foi permitida a presença de 50 convidados pela comissão, entre familiares de vítimas e colaborares do relatório.
Depois, às 11h, os membros da comissão farão a apresentação pública do documento na sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), em Brasília. Devem participar da solenidade vítimas da repressão, familiares de mortos e desaparecidos, comissões da verdade estaduais, municipais e institucionais, comitês de memória, verdade e Justiça, além de outros órgãos representativos da sociedade civil. Uma centena de entidades foram convidadas.
Presidente da OAB, Marcus Vinícius Furtado Côelho diz que a apresentação do relatório serve não só ao resgate da memória, mas tem função pedagógica.

“É momento de refletir sobre o passado e unir esforços pela permanência da democracia. Nos deixa preocupados, por exemplo, o índice dos jovens do Sudeste que não apoiam a democracia porque não vivenciaram os horrores da ditadura”.

À tarde, os integrantes da Comissão da Verdade entregarão o relatório para o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, e os presidentes do Senado e da Câmara - Renan Calheiros e Henrique Eduardo Alves.



Relatório
O relatório é composto de três volumes e dividido em 18 capítulos. O primeiro descreve os fatos principais da ditadura, desde o contexto histórico que antecedeu o golpe militar de 1964, passa pela criação dos órgãos de repressão, as ações de repressão no exterior (como a Operação Condor, de colaboração com ditaduras latino-americanas), além dos métodos usados na repressão aos opositores do regime.


Há ainda um capítulo sobre a atuação do Judiciário, outro sobre a guerrilha do Araguaia (iniciativa de luta armada a partir do campo no Norte do país), além da relação de locais onde ocorreram as violações e a lista de responsáveis indiretos e diretos pela implantação, manutenção e prática sistemática de torturas, homicídios e prisões ilegais. Uma última parte contém as conclusões e recomendações.

O segundo volume traz estudos elaborados por equipes coordenadas pelos membros da comissão sobre diversos grupos que sofreram ou colaboraram com a repressão. Há, por exemplo, capítulo dedicados aos militares perseguidos ou a empresários que ajudaram na perseguição. Há também textos referentes à perseguição contra operários, camponeses, universitários, religiosos, homossexuais, além de um sobre os grupos armados de oposição.

O terceiro e último volume conta a história de cada um dos 434 mortos e desaparecidos identificados pelo grupo, bem como as circunstâncias que os levaram à morte. Os relatos mostram o sofrimento por que passaram e fazem reverência à oposição que fizeram ao regime de exceção.


Pesquisa
Com o objetivo de “efetivar o direito à memória e à verdade histórica e promover a reconciliação nacional”, a comissão se debruçou sobre mais de 20 milhões de páginas de documentos sobre a ditadura guardadas no Arquivo Nacional.

Também realizou cerca de 80 audiências públicas, para tomar depoimentos ou trocar informações no Distrito Federal e em 14 estados (ES, GO, MA, MS, MG, PA, PB, PR, PE, RJ, RS, SP, SC e TO).

Em sessões públicas ou reservadas, foram ouvidas mais de 1.120 pessoas, seja para dar testemunhos voluntários sobre as violações ou depoimentos obrigatórios, no caso, 132 agentes envolvidos nas atrocidades.



As equipes da comissão ainda realizaram inspeções em 11 instalações públicas, civis e militares reconhecidas por ex-presos políticos como locais onde ocorriam detenções ilegal, torturas, execuções, desaparecimentos forçados e ocultações de cadáver.

Também foram colhidas informações junto a órgãos públicos, como a Advocacia-Geral da União, Polícia Federal, Ministério Público, comissões e arquivos estaduais, além das Forças Armadas, que colaboraram com papéis contendo informações sobre a trajetória individual de militares.

A feitura do relatório também contou com participação de civis, como associações de familiares mortos ou desaparecidos, testemunhas que moravam perto dos locais das violações. Foram realizadas perícias para esclarecer a morte dos ex-presidentes João Goulart e Juscelino Kubitschek, além do educador Anísio Teixeira.

Fonte Globo.com

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Custo do trabalho na indústria brasileira sobe 11,6% entre 2010 e 2014

O custo unitário do trabalho na indústria de transformação do Brasil subiu 11,6% entre 2010 e 2014, revela estudo divulgado hoje (8) pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). O gerente de Economia e Estatística do Sistema Firjan, Guilherme Mercês,  disse que isso decorreu da mudança ocorrida na composição dos custos do trabalho no período pós-crise internacional. Nos quatro anos anteriores à crise (2004 a 2007), foi identificada queda do custo de trabalho de 1,4%.
“Antes da crise, tinha a produtividade do trabalho crescendo mais do que os salários e nos [anos] pós-crise, com a produção industrial em baixa, teve o contrário. O processo foi invertido e os custos do trabalho, basicamente os custos com salários, passaram a crescer muito acima da produtividade. Ou seja, as indústrias brasileiras passaram a pagar mais por trabalhadores que produzem menos em uma hora de trabalho e, obviamente, o resultado prático disso é um choque de custos para a indústria brasileira”, informou o economista.
Dos 15 setores avaliados, 13 mostraram aumento nos custos do trabalho. Quase todos os segmentos tiveram elevação do custo no pós-crise.  Guilherme Mercês destacou o setor têxtil, com alta de 28,2% nos últimos quatro anos. O setor sofreu forte concorrência de produtos importados. Os meios de transporte, por sua vez, tiveram aumento de custos de 27,7%, com destaque para a indústria automotiva. “Foram setores que tiveram queda de produção muito grande no período, e os salários, a despeito disso, continuaram crescendo. Sofreram muitos choques de custo.”
Mercês disse que, ao analisar a balança comercial, é possível notar o resultado desse aumento de custos. “São indústrias com bastante dificuldade de concorrer no mercado internacional”. Os únicos setores que mostraram redução dos índices de custos do trabalho no período pesquisado foram a madeira (-18,9%) e coque, refino de petróleo e biocombustíveis (-0,3%).
O estudo mostra que em um ranking de nove países – Brasil, Estados Unidos, França, Reino Unido, Itália, Espanha, Portugal, Colômbia e México –, o mais alto custo unitário do trabalho é encontrado no Brasil, seguido da França (5,8%) e do Reino Unido (5,2%). Nos Estados Unidos, o custo subiu 1,3% e, em Portugal, houve redução de 14,8%. O gerente da Firjan lembrou que, logo após o início da crise de 2008-2009, diversos países trabalharam para diminuir os custos de produção, “justamente na tentativa de aumentar a competitividade e retomar o crescimento”.
Na comparação com a Colômbia e o México, que têm estruturas econômicas similares à do Brasil, o país também perde porque os demais implementaram um conjunto de reformas objetivando a redução do custo unitário do trabalho, com a flexibilização das relações no mercado, destacou Mercês. Na Colômbia, o custo caiu no período 12,7% e, no México, 6,3%.
Para o economista, o estudo demonstra a necessidade de uma ampla reforma trabalhista no país. “O Brasil convive com uma legislação trabalhista que tem mais de 70 anos e não é adequada à realidade do mercado  de trabalho atual”. Segundo ele, a legislação tem muitos “penduricalhos”, que tornam a relação de trabalho "custosa". Entre eles, citou a multa de 10% do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) que as empresas pagam ao governo pela demissão  de trabalhadores.


Fonte Agência Brasil

Ministério Público entrará com ações contra empresários e diretores da Petrobras

O Ministério Público Federal vai ajuizar, nesta semana, “mais de uma dezena” de ações penais e de improbidade administrativa contra empresários e diretores da Petrobras presos na Operação Lava Jato, disse o subprocurador-geral da República, Nicolao Dino, em evento comemorativo ao Dia Internacional contra a Corrupção.
“Precisamente nesta semana, o Ministério Público Federal ajuizará mais de uma dezena de ações penais e ações de improbidade contra os responsáveis por esse escândalo de corrupção na Petrobras”, antecipou o subprocurador, que classificou o escândalo de superfaturamento de contratos da Petrobras como um dos maiores da história.
“A Operação Lava Jato pode falar por todos os casos recentes de corrupção no país. Talvez, estejamos diante do maior caso de corrupção da história. Isso nos entristece, certamente porque somos cidadãos e queremos ter a justa expectativa de ver bem aplicados os recursos públicos”, pontuou.
Em contrapartida, Dino analisou que, apesar de um sentimento de tristeza em relação ao escândalo, a sociedade deve ter também a sensação de orgulho por perceber que as instituições estão funcionando.
"Cada qual a seu modo, com sua competência e, de uma forma sincrônica, estão atuando com o rigor necessário, a independência, para que esse escândalo possa ser submetido a julgamento, com a punição e a condenação de todos os responsáveis que, sem exagero, implica um dos maiores casos de corrupção da história brasileira”, disse.
Para o subprocurador, o Brasil precisa simplificar os procedimentos investigativos e modernizar o processo judicial, reduzindo a possibilidade de recursos, para tornar mais ágil e eficaz o combate à corrupção.
O Dia Internacional contra a Corrupção é comemorado em 9 de dezembro e remete à data em que o Brasil e mais 101 países assinaram a Convenção das Nações Unidas contra Corrupção, em 2003, na cidade mexicana de Mérida.


Fonte Agência Brasil