A queda de 0,3% na produção industrial
de março para abril reflete os resultados negativos do setor em três das quatro
grandes categorias econômicas e em 12 dos 24 ramos envolvidos na Pesquisa
Industrial Mensal-Produção Física Brasil, divulgada hoje (4), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A avaliação é dos técnicos do IBGE, que
apontam como as principais influências negativas as registradas na metalurgia
(-2,7%), em produtos de minerais não metálicos (-1,5%), na confecção de artigos
do vestuário e acessórios (-1,6%), em produtos de madeira (-3,2%), produtos de
borracha e de material plástico (-0,9%) e móveis (-2,3%).
À exceção do setor de móveis – que
acumulou expansão de 5,7% entre os meses de janeiro e março –, os demais ramos
apontaram queda na produção em fevereiro. Por outro lado, entre os 11 ramos que
ampliaram a produção, o desempenho de maior importância para a média global foi
registrado por produtos alimentícios (2,6%) que, com o resultado, eliminou a
queda de 1,3%, registrada no mês anterior.
Outras contribuições positivas
relevantes sobre o total da indústria vieram do aumento na fabricação de
sabões, detergentes, produtos de limpeza, cosméticos, perfumaria e de higiene
pessoal, com crescimento de 3,1%; de produtos farmacoquímicos e farmacêuticos
(4,9%), produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (1,0%), máquinas e
equipamentos (1,5%) e de veículos automotores, reboques e carrocerias (0,6%).
Entre as grandes categorias econômicas,
ainda na comparação com o mês imediatamente anterior, bens de consumo duráveis
recuou 1,6%, assinalando a queda mais acentuada em abril de 2014 e registrando
o segundo resultado negativo consecutivo nesse tipo de confronto – período em
que acumulou perda de 4,8%.
O segmento de bens de capital (-0,5%),
que também mostrou recuo de produção mais intenso que o observado no total da
indústria (-0,3%), também apontou o segundo mês seguido de queda na produção,
com perda acumulada de 4,5% nesse período.
Enquanto o setor produtor de bens
intermediários, com variação negativa de 0,2%, interrompeu três meses
consecutivos de taxas positivas, período em que acumulou expansão de 0,9%; o
segmento de bens de consumo semi e não duráveis foi o único que registrou
avanço na produção em abril, ao crescer 0,4%, mantendo, assim, o comportamento
predominantemente positivo em 2014.
Fonte: Agência Brasil
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