O
Senado instalou a comissão de sindicância que vai apurar as denúncias
publicadas na última edição da revista Veja sobre manipulação dos
depoimentos prestados à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras.
Segundo a revista, a presidenta da estatal, Graça Foster; o ex-presidente José
Sergio Gabrielli e o ex-diretor da Área Internacional Nestor Cerveró
"tiveram acesso antecipado" e foram treinados para responder
perguntas dos senadores que investigam a existência de irregularidades na
Petrobras.
Segundo
a Diretoria-Geral do Senado, o consultor legislativo especialista em
direito penal Tiago Ivo Odon, o analista da Secretaria-Geral da Mesa e
especialista em direito eleitoral Marcelo Inácio de Aranha Menezes e o
analista da primeira-secretaria, especialista em direito legislativo e
processual, José Mendonça de Araújo Filho, todos servidores de carreira da Casa,
serão os responsáveis pelos trabalhos. A comissão, que foi instalada ontem (6)
e deve trabalhar em sigilo, só tem poder para investigar a responsabilidade dos
servidores do Senado. De acordo com a Lei 8.112/90, o prazo para conclusão da
sindicância não excederá 30 dias, mas pode ser prorrogado por igual período, a
critério da autoridade superior.
A solicitação de
abertura de sindicância foi feita no início da semana pelo presidente da CPI da
Petrobras, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB). No ofício encaminhado ao presidente
da Casa, senador Renan Calheiros, e o ao diretor-geral, Luiz Fernando Bandeira
de Mello, ele pediu a “instauração de sindicância com a finalidade de apurar a
ocorrência de irregularidade administrativa”. Rêgo também pediu investigação pela Polícia Federal. De acordo com a denúncia, baseada em um vídeo de uma reunião com a participação de três empregados da Petrobras, a manipulação teria a participação de senadores. O relator da CPI, senador José Pimentel (PT-CE), negou que tenha se reunido com depoentes para combinar perguntas e respostasFonte: Agência Brasil
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