O sistema financeiro fechou 2.567 postos de
trabalho de janeiro a abril de 2014, mostra a Pesquisa de Emprego Bancário, da
Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT),
divulgada nessa quinta-feira (22). Enquanto os bancos privados e o Banco do
Brasil cortaram postos de trabalho, a Caixa Econômica Federal abriu 1.256 vagas
no mesmo período.
Para a Contraf-CUT, a redução de empregos nos
bancos contraria o movimento da economia brasileira, que gerou 458.145 novos
empregos formais no primeiro quadrimestre do ano.
Segundo o estudo, além da diminuição de vagas, a
rotatividade permaneceu alta no período. Os bancos brasileiros contrataram
11.080 funcionários e desligaram 13.647.
Um total de 15 estados apresentaram saldos
negativos de emprego. Os maiores cortes ocorreram em São Paulo, no Rio Grande
do Sul, Rio de Janeiro e em Minas Gerais, com 1.301, 381, 362 e 251 cortes,
respectivamente. O estado com maior saldo positivo foi o Pará, com a geração de
128 novos postos.
A pesquisa mostra também que o salário médio dos
admitidos pelos bancos nos primeiros quatro meses do ano foi R$ 3.221,18,
contra o salário médio de R$ 5.206,73 dos desligados. Assim, os trabalhadores
que entraram nos bancos receberam valor médio equivalente a 61,9% da
remuneração dos que saíram.
Enquanto a média dos salários dos homens na
admissão foi R$ 3.660,01 de janeiro a abril deste ano, a remuneração das
mulheres ficou em R$ 2.776,30, valor que representa 75,9% da remuneração de
contratação dos homens.
A média dos salários dos homens no desligamento foi
R$ 6.027,18, enquanto a remuneração das mulheres foi R$ 4.333,27. Isso
significa que o salário médio das mulheres no desligamento equivale a 71,9% da
remuneração dos homens.
A pesquisa é feita em parceria com o Departamento
Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, com base nos números do
Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho e
Emprego.
Agência Brasil
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