A partir desta quinta-feira, Joaquim Levy e Nelson Barbosa passarão a
despachar diariamente no Palácio do Planalto até que sejam nomeados ministros
da Fazenda e do Planejamento, respectivamente.
Eles vão ocupar uma sala no terceiro andar – o mesmo do gabinete
presidencial – e terão as primeiras chances de conversar com a presidente Dilma
Rousseff sem testemunhas, o que não aconteceu até agora. Em todas as reuniões,
Dilma esteve acompanhada do ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante.
Os dois nomes serão anunciados como os novos ministros nesta quinta-feira, às
15h, no Palácio do Planalto.
Ainda não há data marcada para a posse – tanto pode ser depois da aprovação
pelo Congresso do projeto de lei que trata da meta de superávit quanto pode
ficar para o dia 1º de janeiro, junto com a nova equipe. O mais provável é que
seja antes de janeiro, quando estiverem prontas as primeiras medidas do ajuste
fiscal.
Os futuros ministros vão ocupar a sala do assessor particular da
presidente, Anderson Dornelles – uma sala no terceiro andar que Lula, na
reforma do Palácio do Planalto realizada no período em que foi presidente
da República, mandou reservar para sua mulher, dona Marisa.
Nesse gabinete, os dois ministros vão conhecer no detalhe os números das contas
do governo. Até aqui, os números apresentados surpreenderam pela deterioração
nas contas públicas. Uma comparação já está sendo feita: em 2003, quando
começou o primeiro mandato, Lula fez um ajuste correspondente a 0,5% do PIB, o
que correspondeu a uma economia de R$ 25 bilhões. Agora, segundo contas de
especialistas, o rombo é correspondente a 3% do PIB, ou R$ 150 bilhões.
Já está decidido que o ajuste será escalonado – feito ao longo dos quatro anos
do novo mandado da presidente Dilma Rousseff. Ali no Planalto, ao lado da
presidente Dilma Rousseff, os futuros ministros vão discutir com ela qual o
caminho a seguir – se mais política fiscal (corte de despesas) ou mais aperto
monetário (juros). Quanto maior o ajuste nas contas, menor a necessidade de
subir juros. É a receita dos especialistas. “Não há mágica: ou corta gastos ou
sobe juros”, afirma Mansueto Almeida, técnico do Instituto de Pesquisas
Econômicas Aplicadas (Ipea).
Fonte Globo.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário