O ministro-chefe da Casa Civil da Presidência da República,
Aloizio Mercadante, informou há pouco que “de dez a 15” ministros já entregaram
cartas colocando seus cargos à disposição da presidenta Dilma Rousseff. Segundo
ele, a atitude é apenas uma formalidade sugerida por ele e outros colegas, e
não se trata de uma obrigação.
Mercadante não soube precisar a quantidade nem detalhar os nomes dos
ministros que já entregaram os cargos, pois algumas cartas foram enviadas
diretamente para o gabinete da presidenta. Para o ministro, esta é uma forma de
demonstrar publicamente o “espírito demonstrado na campanha”, que pregou o lema
“Equipe nova, governo novo”. “Faz quem quiser, é um gesto de gentileza. E não
tem prazo, o governo vai até 31 de dezembro. É um gesto de reconhecimento e
agradecimento”, disse.
A proposta era deixar a presidenta Dilma à vontade para conduzir a transição
para o segundo mandato. “De qualquer forma, ela [Dilma] tem toda liberdade
[para fazer a reforma ministerial]. Ela foi eleita em um regime de
presidencialismo. Ela pode trocar o ministro que quiser na hora que achar
oportuno”, complementou.
O ministro disse que não havia conversado sobre o assunto com Dilma, e a
intenção era fazer uma surpresa a presidenta na próxima terça-feira (18),
quando ela retorna de viagem internacional. “A ideia era quando ela chegasse da
viagem [as cartas fossem entregues]. Como vazou, perdeu o impacto. Porque ela
também não sabia”. Como “proponente”, disse, Mercadante já colocou à disposição
o seu cargo.
De acordo com o ministro, a ideia surgiu espontaneamente durante uma
conversa com os colegas de ministérios, e que José Eduardo Cardozo, da Justiça,
e Miriam Belchior, do Planejamento, Orçamento e Gestão, que também participaram
da sugestão, estão totalmente de acordo com a iniciativa.
Fonte Agência Brasil
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