A qualidade vida na Região Metropolitana do Rio melhorou. Esse é um dos
resultados do Atlas do Desenvolvimento Humano, uma pesquisa divulgada pelo
Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas e o Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada, o Ipea. Apesar da melhora, a região caiu três posições no
ranking nacional. Segundo especialistas, falta planejamento para diminuir a
pobreza nessas cidades.
Segundo o levantamento, o bairro de Icaraí, em Niterói, na Região
Metropolitana, recebeu a nota mais alta do estado: 0,962. A nota varia entre 0
e 1. Quando mais próximo de 1, mais desenvolvida é a região. O Índice de
Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) mede a expectativa de vida ao nascer, a
média de anos de estudo da população adulta e a frequência escolar de crianças
e adolescentes e a renda per capita.
Desta vez, os pesquisadores analisaram mais de nove mil unidades de
desenvolvimento humanos, que são áreas menores que bairros de 16 regiões
metropolitanas brasileiras. Na do Rio o IDHM cresceu em dez anos. Passou de
0,686 para 0,771. Mas apesar do avanço a região caiu três posições no ranking
nacional. Passou de terceira em 2000 para a sexta colocação em 2010.
“Mais do que o avanço, o que a gente tem destaca como mais importante é a
redução das desigualdades observadas entre os municípios e entre as unidades de
desenvolvimento humano”, disse Marco Aurélio Costa, pesquisador do Inea.
A unidade de desenvolvimento humano mais bem colocada do Sudeste do país é a
Praia de Icaraí, em Niterói. As piores ficam no município de Japeri: Colinas,
Santa Amélia, Santo Antônio e Engenheiro Pedreira. (0,591).
“Japeri e regiões do Arco Metropolitano chamam a atenção para a questão da
Região Metropolitana do Rio de Janeiro, que tem de pensas suas vocações
econômicas de forma mais planejada porque ali continuam a se concentrar os
bolsões de pobreza”, disse o economista Sérgio Besserman.
Com relação à educação, a favela de Rio das Pedras teve o pior resultado na
Região Metropolitana (0,450). Quem garantiu a melhor nota foi o bairro Santa
Rosa, em Niterói (0,947). Já a área que teve o melhor desempenho em renda na
cidade do Rio ficou concentrada nos bairros do Joá, da Joatinga e no Jardim
Oceânico (1,000). A pior, nos mesmos locais de Japeri, que ficaram nas últimas
colocações no geral.
Morar perto do mar, ao que parece, é sinal de vida longa. Os moradores dos
trechos da orla de Ipanema são os que vivem mais (0,953). Entre os que vivem
menos estão os da favela do Rato Molhado, no Subúrbio do Rio. Para os
especialistas, esses números podem ajudar a mudar o país nos próximos anos.
“É importante ter acesso a esse conjunto de mais de 200 indicadores, que
permitem explorar melhor essas diferenças, e ajudar os gestores públicos e
metropolitanos a desenharem políticas que contribuam para reduzir essas
diferenças no futuro”, concluiu o pesquisador do Inea.
Fonte Globo.com
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