O Banco Central (BC) fará o que for preciso para que a
inflação volte ao centro da meta de 4,5%, em 2016, disse hoje (15) o diretor de
Regulação do Sistema Financeiro e de Assuntos Internacionais, Luiz Awazu
Pereira, ao participar do seminário Reavaliação do Risco Brasil. Ele disse que
o BC fará tudo o que lhe couber e reconheceu que a inflação não depende apenas
da atuação do órgão.
Awazu destacou que, ao longo de 2015, serão tomadas medidas de acordo com as
circunstâncias que se apresentarem para que seja criada uma trajetória e a
meta, atingida em 2016. No seminário, Awazu disse que manter a nota do país nas
avaliações de risco é uma "questão de alta prioridade". Segundo ele,
o trabalho da equipe está voltado com para isso.
O diretor sênior da agência de avaliação de risco Standard & Poors,
Sebastian Briozzo, reconheceu que o papel do Banco Central é importante. No
entanto, Briozzo acredita que a instituição pode não ter capacidade de resolver
a questão sozinha: "vai ser difícil o BC ser bem sucedido com sua
capacidade se o [desempenho] fiscal não colaborar”.
As metas oficiais para a inflação no Brasil prevêem como patamar ideal a
taxa de 4,5%, e, como teto, 6,5%. A última taxa divulgada pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que o Índice de Preços ao
Consumidor Amplo (IPCA) se mantém acima desses valores, com 6,56% acumulados
nos últimos 12 meses.
Fonte Agência Brasil
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