Com o objetivo de integrar os movimentos sociais,
coletivos, pessoas, entidades e instituições em torno de atividades educadoras,
chegou hoje (10) ao Rio de Janeiro a Caravana de Educação em Direitos Humanos.
Para criar espaços abertos, plurais e inclusivos, ela percorre todo o país,
colhendo depoimentos de grupos vulneráveis e em situação de violação de
direitos humanos.
A caravana foi lançada em abril e já fez 21
sessões em capitais como Natal, São Paulo, Manaus, Recife, Teresina, Belo
Horizonte, Florianópolis, Porto Alegre, Curitiba, Salvador e Vitória, além de
cidades do interior. Foi idealizada no Fórum Mundial de Direitos Humano que
ocorreu em Brasília no ano passado, e segue com agenda até o fim de 2015,
quando ocorrerá a Conferência Nacional de Direitos Humanos.
Representante do Movimento Nacional de Direitos
Humanos, Carlos Nicodemus explicou que o principal objetivo da caravana é
trabalhar para construção de afirmação desse valor na sociedade.
“Ainda se tem uma ideia distorcida do que significa
o conceito de direitos humanos enquanto valor ético e inerente às relações
sociais e humanas. Tentamos trabalhar isso como ferramenta de paz. A construção
de uma cultura de paz, a partir desse valor ético dos direitos humanos”.
Coordenadora de Educação e Direitos Humanos da
Secretaria de Direitos Humanos (SDH), da Presidência da República, Salete
Moreira afirmou que a caravana tem colhido cartas com recomendações regionais
indicando debates e soluções para os governos enfrentarem a violação dos
direitos humanos.
A coordenadora do Centro de Referência de
Direitos Humanos do Complexo do Alemão, Lucia Cabral, também participou da
sessão. Ela considera que o mais eficaz seria levar as entidades do governo e
da sociedade civil para o local onde ocorre a violação.
Na caravana de hoje, ficou acertada uma sessão
até o fim do ano, na área da infância e adolescente, e outra no início de 2015,
na Baixada Fluminense. Também foi aprovada moção de repúdio à proposta de
redução da maioridade penal, defendida ontem (9) pelo candidato à presidência
Aécio Neves (PSDB). Conforme Nicodemus, os indicadores apontam que a
participação dos adolescentes na questão da violência é muito pequena.
Fonte Agência Brasil
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