A Direção Nacional do PT protocolou hoje (13) na Procuradoria-Geral da
República (PGR) e ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedido para ter acesso ao
conteúdo da delação premiada do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo
Roberto Costa. A informação foi divulgada nesta segunda-feira pelo presidente
do partido, Rui Falcão, durante evento e confirmada pela Agência Brasil
com o STF. Segundo Falcão, há vazamento "seletivo de
informações" sem provas materiais para prejudicar o PT.
"Queremos ter acesso aos termos da delação premiada, não estou
falando do depoimento, porque no depoimento ao juiz Sérgio Moro [relator dos
processos relativos à Operação Lava Jato] trata-se de questões aparentemente
relacionadas ao mesmo assunto, não mencionando o nome de muita gente que
provavelmente foram citadas na delação. Queremos saber o que existe
efetivamente, se é que existe, na delação", disse Falcão.
De acordo com Falcão, os vazamentos teriam motivação eleitoral. Ele disse
ainda que o pedido é voltado especificamente para as denúncias que citam o PT.
"Há uma exploração política eleitoral que pode contaminar a campanha, o
fato de ficar mencionando a gente sem provas, até porque a própria delação
premiada tem pouco valor a menos que haja provas materiais", completou.
Na última quarta-feira (8), em depoimento à Justiça Federal, Paulo Roberto
Costa, que cumpre prisão domiciliar, disse que PP, PT e PMDB eram beneficiados com recursos de contratos
superfaturados da estatal com empreiteiras. Segundo o ex-diretor,
empreiteiras repassavam 3% do valor de contratos superfaturados aos três
partidos.
Em nota distribuída na quinta-feira (9), Rui Falcão repudiou as declarações do ex-diretor de
Abastecimento da Petrobras . Falcão chamou as declarações de
“caluniosas”. “O PT desmente a totalidade das ilações de que o partido
teria recebido repasses financeiros originados de contratos com a Petrobras.
Todas as doações para o Partido dos Trabalhadores seguem as normas legais e são
registradas na Justiça Eleitoral”, disse a nota.
As empresas Odebrecht e Camargo Corrêa também divulgaram nota negando envolvimento no esquema em
que parte do valor de contratos firmados com a Petrobras era repassado para
partidos políticos.
Fonte: Agência Brasil
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