Nove mil vagas para estacionamento estão sem supervisão na Zona Sul do Rio.
A empresa responsável pelo serviço não opera desde maio, quando terminou o
contrato com a prefeitura. Com a falta de fiscalização, os flanelinhas têm
aproveitado para extorquir dinheiro dos motoristas. As informações são do Bom
Dia Rio.
Encontrar uma vaga para estacionar no Centro da cidade é uma tarefa difícil
para os motoristas e é dessa dificuldade que os flanelinhas se aproveitam para
entrar em ação.
“Aqui é R$ 15 por causa do reboque. Agora mesmo o reboque levou dois carros
aí”, disse um flanelinha. Como mostrou o Bom Dia Rio, ele usa até cones para
reservar espaço.
Guardar vagas em áreas públicas é proibido por lei. A cobrança irregular é
crime de extorsão. Na Zona Sul da cidade, guardadores com colete da Embrapark
cobram ágio; o preço deveria ser de R$ 2 por duas horas, mas na Avenida
Atlântica, em Copacabana, o preço chega a R$ 10.
A Embrapark era responsável por nove mil vagas no Rio. O contrato com a
prefeitura venceu em maio. Mesmo assim, a empresa está autorizada a operar,
junto com sindicatos que cuidam das outras vagas na cidade.
“Eu coloco um bilhete aí no senhor e fica o dia todo com o bilhete. R$ 12 é
a diária, barato, barato, mais barato que particular”, falou um guardador em
Ipanema.
No Leblon, a cobrança é semanal e custa R$ 50. “Um galo, se desenrolar um
galo, contigo mesmo, um galo a semana toda”, disse.
A prefeitura informou que não vai renovar o contrato com a Embrapark porque
pretende mudar o sistema de estacionamento. O objetivo é instalar parquímetros,
equipamentos para emissão automática de comprovantes de pagamento.
Segundo a prefeitura, a Embrapark ainda poderia operar, junto com os
sindicatos, até que a licitação para o novo sistema fosse feita, mas a empresa
informou que já demitiu e indenizou todos os guardadores. Aqueles que ainda
usam colete da Embarpark estão em situação irregular.
A Secretaria Municipal de Transportes afirmou que os tíquetes podem ser
vendidos a qualquer pessoa que tenha cadastro na instituição. A Guarda
Municipal e a Secretaria de Ordem Pública informaram que este tipo de repressão
é responsabilidade da polícia. A PM informou que precisa que as pessoas
prejudicadas façam a denúncia.
O Sindicato dos Guardadores Autônomos disse que a categoria está abandonada,
mas tem esperança de que os trabalhadores tenham a situação regularizada.
Fonte Globo.com
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