terça-feira, 28 de outubro de 2014

Pezão vai criar órgão para agilizar políticas para a Região Metropolitana

O governador reeleito, Luiz Fernando Pezão, (PMDB) disse na manhã desta segunda-feira (27), em entrevista à rádio CBN, que criará uma secretaria ou fundação para dar agilidade na implementação de políticas públicas para a Região Metropolitana. Segundo ele, não adianta resolver problemas da cidade do Rio e não resolver de regiões como Niterói, São Gonçalo, Caxias, de Belford Roxo e São João de Meriti.
“Quero ter um órgão forte que centralize as políticas públicas da Região Metropolitana, principalmente saneamento e mobilidade urbana. Já criei esse órgão agora na minha interinidade e quero fortificar muito essa agência ou fundação. Vou ver o que dá mais agilidade”, afirmou o governador, destacando que esse órgão ficará responsável por políticas públicas para a área de segurança pública, consórcios de saúde, saneamento e o tratamento de esgoto da Baía de Guanabara.
Quanto ao secretariado de governo, Pezão disse que só deve sentar para discutir a questão durante o mês de novembro e anunciará os nomes apenas em dezembro. Com relação a permanência do secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, Pezão afirmou que ainda não tem nada acertado, mas deu indícios de que a decisão deve ficar por conta de Beltrame aceitar ou não permanecer no cargo.
“Converso com o Beltrame quase três, quatro vezes por semana. Nós somos amigos, as famílias sempre saem juntas, estamos sempre juntos. Vou ver como está o espírito dele depois de sete anos e 10 meses à frente de uma secretaria de segurança. Não é fácil. Ele falava sempre que estava muito cansado. Vamos se se ele descansa e possa se animar de novo a estar à frente. Ele é uma pessoa que fez um trabalho extraordinário à frente da secretaria de segurança e tenho um carinho imenso por ele”, ressaltando que a segurança pública continuará recebendo grande atenção do seu governo.
Ainda de acordo com Pezão, outra área que receberá atenção é a saúde. “Quero levar os municípios a terem uma atenção básica à saúde. Se uma mãe tem atenção básica à saúde, está acompanhando, se resolve mais de 80% dos problemas. Estamos desenhando o que precisa. Vou ter um olhar muito atento a isso. Também quero ajudar a abrir os leitos da Santa Casa de Misericórdia”, garantiu.


Ataques à Igreja Universal
Sobre a vitória em redutos eleitorais de seus adversários de campanha como Campos, do ex-governador Garotinho, Nova Iguaçu, do ex-prefeito Lindberg, e Maricá, do presidente regional do PT Washigton Quaquá, Pezão disse que ficou muito feliz e atribuiu a vitória ao reconhecimento de um bom trabalho. “Eu estou muito feliz, ganhei em 76 municípios. E onde perdi, perdi por uma margem muito pequena. A população reconheceu o nosso trabalho. É claro que ninguém tem utopia que todos os problemas foram resolvidos. Mas a gente tem que cada vez mais estar atento à ruas e tentando errar o menos possível”, afirmou.

Os ataques à Igreja Universal durante o segundo turno da campanha, Pezão justificou que apesar de não ser muito o seu perfil, precisava mostrar à população o que estava por trás da campanha do seu adversário político, Marcelo Crivella. “Foi muito difícil, não é o meu estilo, mas eu apanhei muito no primeiro turno. O segundo turno era um para um, eu tinha que mostrar o que está por trás da candidatura do bispo Crivella. Não fiz nada, só mostrei o que tinha passado desapercebido pela população. E a gente viu ali, nos últimos quatro dias, as grandes catedrais da Universal cheia de material, título de eleitor e falar que não misturava política com religião. Acho que isso ficou muito evidente pelo próprio Tribunal Regional Eleitoral”.
No final da entrevista, o jornalista Otávio Guedes brincou e perguntou se depois de eleito o governador finalmente iria contratar uma empregada para trabalhar na casa de seus pais. Durante a campanha, Pezão mostrou a casa dos pais em um programa eleitoral na televisão e disse que eles nunca tiveram empregada.
“Você não imagina o que eu aturei de brincadeira de gente dizendo, pô Pezão, não dá para botar uma empregada lá para sua mãe, uma faxineira. Mas não tem jeito, a gente fica desesperado, porque ficam os dois sozinhos lá, e ela não deixar ter. O meio mais fácil de se conseguir emprego em Piraí é colocar uma empregada para ela. Porque ela pega a empregada de manhã pela mão e leva todas elas para a fábrica e fala que eu que pedi emprego para a moça que tá lá dentro de casa”, disse o governador, lembrando que até dentro do BRT foi abordado por eleitor questionando se ele não iria arrumar uma empregada para a mãe.


Fonte: Globo.com

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