Foram confirmados na última sexta-feira os dois
primeiros casos de transmissão de chikungunya dentro do Brasil. Um homem de 53
anos e a filha, de 31 anos, que moram em Oiapoque, no Amapá, perceberam os
sintomas da doença nos dias 27 e 28 de agosto e passam bem.
A confirmação dos dois casos, primeiros
contraídos no Brasil, foi divulgada hoje (16) pelo Ministério da Saúde. Antes
disso, 37 pessoas tiveram a confirmação da febre chikungunya no Brasil, mas
todos tinham contraídos a doença em outros países.
Assim como a dengue, a febre chikungunya é
transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictos,
mas só tem um sorotipo, ou seja, cada pessoa só pega a doença uma vez. Os
sintomas também são os mesmos da dengue: dor de cabeça, febre, dores musculares
e nas articulações e podem durar de três a dez dias.
Segundo o secretário de Vigilância em Saúde do
Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, a doença é menos grave que a dengue e o
paciente costuma ser tratado em casa. O tratamento consiste no alívio dos
sintomas com Paracetamol, hidratação e repouso.
Desde dezembro de 2013 surgiram mais de 650 mil
casos suspeitos de chikungunya nas três Américas, dos quais pouco mais de 9 mil
foram confirmados. Antes disso, a doença era comum apenas na África e na Ásia.
Segundo o Ministério da Saúde, o município do
Oiapoque intensificou as medidas de controle da doença buscando novos casos
suspeitos com alerta nas unidades de saúde e na comunidade, com a aplicação de
inseticida.
Este ano o Levantamento Rápido de Infestação do
Aedes Aegypti (Liraa), feito anualmente para identificar as áreas de risco para
a dengue, além de identificar áreas com o Aedes aegypti vai buscar
também áreas com Aedes albopictus, maior transmissor da chikungunya.
Barbosa disse que a nova doença também será
citada na próxima campanha contra a dengue, já que o modo de prevenir as duas e
o mesmo. “O período de transmissão maior no Brasil vai sempre de janeiro a
maio, mas é importante que desde já as pessoas verifiquem suas caixas d'água,
[onde é comum] depósitos do mosquito, para evitar as duas doenças”, aconselhou
Barbosa.
Fonte: Agência Brasil
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