A produção industrial brasileira cresceu 0,7% na
passagem de junho para julho. É a primeira alta depois de cinco meses de queda,
segundo dados da Pesquisa Industrial Mensal do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) divulgados hoje (2).
Na comparação de julho deste ano com julho do ano
passado, no entanto, a produção industrial teve queda de 3,6%. Recuos também
foram registrados nos acumulados do ano (-2,8%) e dos últimos 12 meses (-1,2%).
O avanço de junho para julho foi motivado por
altas nos bens de consumo duráveis (20,3%) – máquinas e equipamentos usados no
setor produtivo (16,7%) – e bens de consumo semi e não duráveis (0,7%).
Vinte dos 24 setores da indústria pesquisados
tiveram crescimento na produção. Os principais impactos positivos vieram dos
equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (44,1%) e veículos
automotores, reboques e carrocerias (8,5%).
O segmento equipamentos de informática, produtos
eletrônicos e ópticos teve a maior alta da série histórica, iniciada em 2002, e
interrompeu uma trajetória de quatro meses de quedas (que acumulou perda de
38,1%). Já os veículos automotores superaram queda de 18,1%, acumulada nos
meses de maio e junho.
Outros setores que tiveram contribuição
importante para o crescimento da produção industrial foram outros equipamentos
de transporte (31,3%), máquinas e equipamentos (7%), máquinas e materiais
elétricos (13,1%), outros produtos químicos (2,4%), além de vestuário e
acessórios (8,6%).
Por outro lado, uma queda de 6,3% no segmento de
produtos alimentícios impediu que a indústria tivesse um desempenho melhor.
Outro setor que contribuiu negativamente foi o de coque, derivados do petróleo
e biocombustíveis (-2,6%).
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