A presidente do Sindicato dos
Empregados no Comércio de Niterói e São Gonçalo (SEC), Rita de Cássia da Silva Rodrigues
de Almeida, é suspeita de faturar até R$ 1 milhão por mês com desvio de verba
da entidade. A informação foi dada pela delegada assistente da Delegacia de
Crimes Contra a Fazenda Pública do Rio de
Janeiro (Delfaz), Tatiana Queiroz, responsável pelo inquérito que investiga
os crimes cometidos pela mulher. A sindicalista deve responder pelos crimes de
apropriação indébita, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e sonegação
fiscal e, se condenada, pode pegar mais de 20 anos de prisão.
Segundo a delegada, Rita teria começado a desviar
os recursos em 2010. “Mensalmente ela tinha um lucro de 500 mil a um milhão de
reais, sem dúvida nenhuma”, disse Tatiana. O dinheiro desviado seria da taxa
que comerciantes pagam ao sindicato para que os funcionários trabalhem aos
domingos e feriados, acordo que deve ser homologado semanalmente. “A Rita
apenas lançava um determinado número de funcionários e o restante ela ficava
com o dinheiro”, explicou a investigadora.
A polícia deve agora pedir à Justiça o bloqueio
dos bens que Rita acumulou desde que está à frente do SEC. A sindicalista teria
adquirido, entre outros bens, seis carros de luxo, um aras no valor de R$ 5
milhões e uma casa em Cabo Frio, na Região dos Lagos, com valor aproximado de
R$1 milhão.
Nesta segunda-feira (8), a Delfaz realizou uma
operação para cumprir dez mandados de busca e apreensão com pessoas ligadas a
Rita de Cássia. De acordo com a delegada Tatiana Queiroz, foram apreendidos
documentos que possam comprovar os crimes cometidos pela sindicalista. Ninguém
foi preso durante a ação. Segundo a polícia, Rita não foi encontrada no
escritório porque está em Dubai, nos Emirados Árabes, fazendo um tratamento
contra câncer.
Fonte: Globo.com
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