O presidente da Empresa de Pesquisa Energética
(EPE), Maurício Tolmasquim, disse hoje (10) que o Brasil será o único grande
exportador de petróleo com uma matriz energética limpa. A afirmação foi feita
durante a divulgação do novo Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE).
Tolmasquim disse que as fontes renováveis deverão
manter a participação do país na matriz energética em cerca de 42%, superando a
média mundial de 13% e mesmo a dos países da Organização para a Cooperação e o
Desenvolvimento Econômico (OCDE), de 9%.
O PDE prevê que a participação das fontes
renováveis na capacidade de geração elétrica do Sistema Interligado Nacional
(SIN) permanecerá em torno de 84%, destacando a expansão do parque eólico (geração
de energia a partir dos ventos) de 3%, em 2014, para 11,5%, em 2023.
Em relação à geração hidrelétrica, embora o
estudo aponte perda de participação na matriz de 66,9% para 59,7% no período de
dez anos, ainda haverá um crescimento de mais de 28 mil megawatts
de capacidade. Já as fontes não renováveis deverão mostrar redução na
matriz energética, passando de 17%, em 2014, para 16,2%, em 2023.
O PDE projeta um volume de investimentos na
expansão de energia geral no Brasil de R$ 1,2 trilhão na próxima década.
Do total, 62% serão associados à exploração e produção de petróleo e gás
natural, 24% caberão ao setor elétrico e 14% serão a soma dos investimentos nas
áreas de derivados de petróleo e biocombustíveis.
Em relação ao etanol, o PDE 2023
prevê que a produção crescerá cerca de 75% em dez anos, subindo de 27 bilhões
de litros, em 2014, para algo em torno de 48 bilhões de litros, em 2023. Para o
gás natural, a projeção decenal é um aumento de 150% na produção líquida
potencial, que subirá para 134 milhões de metros cúbicos diários. Já o consumo
total de gás natural deverá evoluir à média de 3,7% ao ano nos próximos dez
anos, alcançando 128 milhões de metros cúbicos por dia, em 2023.
Fonte: Agência Brasil
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