A suspeita de um surto de Hepatite A obrigou a
prefeitura a fechar uma creche municipal em Rocha Miranda, no Subúrbio do Rio.
Como mostrou o Bom Dia Rio nesta segunda-feira (29), a creche O sonho de Ramon
Pascual atende cerca de 150 crianças. A Secretaria Municipal de Saúde confirmou
três casos da doença no local e disse que vem monitorando a situação junto com
a Vigilância Sanitária.
A escola infantil fica na comunidade do Faz Quem
Quer e foi fechada há duas semanas. Uma funcionária, que preferiu não se
identificar, entregou uma carta para a equipe de reportagem relatando vários
problemas.
Em duas páginas, ela conta que, por falta de
verbas, eles são obrigados a reutilizar as luvas descartáveis ou obrigados a
comprar com o próprio dinheiro. Ainda segundo a carta, os trabalhadores estão
sobrecarregados. Muitos funcionários estariam de licença e não haveria outros
para colocar no lugar. Apenas dois profissionais cuidariam de 25 bebês, com a
função de trocar frauda e dar banho.
Os pais contam que houve vistoria da Cedae e da
Vigilância Sanitária, mas que o resultado não foi divulgado. Eles cobram
informações e transparência e dizem que não se sentem seguros para lever os
filhos para a creche novamente.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde,
outras 14 pessoas com relatos de sintomas foram encaminhadas ao Centro
Municipal de Saúde Clementino Fraga para atendimento e realização de exames.
Já Secretaria Municipal de Educação diz que adotou todos os procedimentos necessários quando soube do primeiro caso da doença na creche. Dentre as medidas, por exemplo, a secretaria diz que interrompeu as aulas em 17 de setembro, portanto, há 12 dias, e que fez uma reunião com os pais das crianças e com a associação de moradores.
Já Secretaria Municipal de Educação diz que adotou todos os procedimentos necessários quando soube do primeiro caso da doença na creche. Dentre as medidas, por exemplo, a secretaria diz que interrompeu as aulas em 17 de setembro, portanto, há 12 dias, e que fez uma reunião com os pais das crianças e com a associação de moradores.
Sobre a volta às aulas, a secretaria diz que a
reabertura da creche depende do resultado da análise da água coletada e que,
durante vistoria na creche, técnicos da vigilância sanitária constataram que o
nível de cloro na água estava adequado e a limpeza dos reservatórios em dia.
Ainda segundo a secretaria, a análise da água em
três pontos da creche deu negativo para a presença de micro-organismos
patogênicos, mas ainda falta colher novas amostras em outros dois pontos. A
prefeitura também informou que vacinou mais de 130 pessoas contra o vírus da
hepatite na creche, entre alunos e funcionários.
Já o Ministério Público informou que instaurou um
inquérito civil para apurar as condições dos serviços prestados pela creche,
especialmente no que diz respeito à qualidade da água. O MP disse, ainda, que
pediu esclarecimentos à Secretaria Municipal de Educação e à Vigilância
Sanitária.
Sobre isso, a Subsecretaria de Vigilância
Sanitária e a Secretaria de Educação responderam que ainda não receberam nenhum
ofício com a notificação do ministério público.
Fonte: Globo.com
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